5.
Chove lá fora. Está frio. Os dias solarengos de esplanadar ainda vêm longe. E as noite cálidas também. Aos Homens-Esplanda resta-lhes apenas as usas fortalezas de solidão comunitária, os mais pequenos e infectos tascos. Quanto mais parco em dimensões melhor, de modo a reduzir a amplitude de movimentos e a capacidade de infligir danos físicos de um qualquer Homem-Balcão despojado de lucidez.
O Homem-Balcão esse animal mítico e belo como a calçada à portuguesa, deve de ser respeitado e venerado pois foi ele permitiu ao Homem-Esplanada rastejar da tasca até à esplanada. Rastejar, literalmente.
Deus criou o mundo em sete dias, e ao sétimo dia enquanto Ele descansava, com um golo mal anulado ao Benfica o Homem-Balcão irritou-se e partiu-o todo. E Deus quando acordou criou os amendoins e os tremoços para distrair o Homem-Balcão, e como isso não sendo o suficiente criou também a “sande de courato”.
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Um comentário:
Amén.
Quando bebemos uma?
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