3.
Há coisas que me fazem espécie, como as vacas loiras nórdicas ou as charolesas inglesas que se agrafam a pretos de tromba esburacada e ar podre em dias de torreira do Sol na Esplanada, a troco de uma ganza. Há coisas que me atrapalham, como ter as mãos desprovidas de álcool e tabaco. Nada me move contra os pretos. Se vierem atrás de mim fujo.
Na verdade gosto tanto de pretos como de brancos, amarelos, castanhos, azuis, verdes… Não gosto! É como gostar de velhinhas de guarda-chuva em punho quando chove. Não se gosta e podemos ficar seriamente feridos. E as “pessoas” nas compras de Natal? Essa corja.
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